Posted by WSJ: O investimento chinês está deixando os países ocidentais devido à hostilidade ao capital da China
Os investidores chineses começaram a abandonar os investimentos em imóveis e o desenvolvimento de indústrias na Europa e nos Estados Unidos. Em vez disso, os empresários da China começaram a fazer mais transações em outras regiões, citando dados do American Enterprise Institute relata o The Wall Street Journal (WSJ).
As empresas chinesas estão investindo em fábricas no Sudeste Asiático e em projetos de mineração e energia na Ásia, Oriente Médio e América do Sul para fortalecer alianças e garantir o acesso a recursos críticos.
O dinheiro está deixando o Ocidente à medida que cresce a hostilidade ao capital chinês e as tensões geopolíticas com os Estados Unidos e seus aliados, que decidiram prescindir do investimento chinês por razões de segurança nacional.
“Em geral, a capacidade da China de direcionar investimentos para economias avançadas estrangeiras está diminuindo”, disse Louis Cuis, economista-chefe para Ásia-Pacífico da S&P Global Ratings. É improvável que os fluxos de investimento no exterior da China aumentem significativamente nos próximos três a cinco anos, disse ele.
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Sem o dinheiro chinês, o mundo perderá um de seus tradicionais motores de crescimento. Uma saída de investimento pode resultar na perda de empregos em alguns países e reduzir a quantidade de capital a que os empresários podem recorrer. De acordo com Derek Skissers, membro sênior do American Enterprise Institute, os Estados Unidos sentirão falta do capital chinês, mas será mais doloroso para países pequenos como Austrália, Canadá ou Hungria.
Em 2022, o investimento da China no exterior caiu para cerca de US$ 147 bilhões (queda de 18% em relação ao ano anterior), de acordo com a ONU. O investimento da China nas economias ocidentais foi de US$ 196 bilhões em 2016, pois Pequim incentivou ativamente as empresas locais a investir no exterior para ajudar a expandir a influência econômica do país.
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O presidente dos EUA, Joe Biden, acusou a China de tentar tirar os Estados Unidos do pedestal da principal potência militar e econômica do mundo. Em entrevista à CNN, ele disse que o presidente chinês, Xi Jinping, quer obter a maior economia do mundo e as maiores oportunidades militares. Ao mesmo tempo, enfatizou Biden, a China não busca iniciar um conflito com os Estados Unidos e não tem ambições de expandir seus territórios.
Enquanto isso, as autoridades chinesas estão tentando convencer os países ocidentais a não pararem de investir na economia chinesa em meio a uma recuperação mais fraca do que o esperado das restrições do coronavírus. Nos últimos meses, a China recebeu executivos da Goldman Sachs, Tesla, Apple, Intel, General Motors, Blackstone, JPMorgan e outras grandes empresas ocidentais. Funcionários do governo garantiram a seus interlocutores que a economia da China está aberta ao investimento estrangeiro e está interessada nele.